• Jéssyca?

      Ari de Sá, ano passado, estavam distribuindo as carteirinhas de estudante. Já tínhamos (eu e Jéssyca) pego nossa carteira, baaas a Camilly não, e ela já havia saído de lá, no meio do ano. A Jéssyca teve a brilhante ideia de se passar por ela pra poder enfim... Chegamos à coordenação e a moça estava atendendo um menino lá e só fez perguntar o nome da Jéssyca pra agilizar as coisas, tendo como resposta : Camilly. A mulher terminou o feito lá com o garoto e chamou a suposta Camilly, mas ela foi tão fática... ‘‘Então Camilly, Camilly neh?’’. A Jéssyca quase não se aguentando, a ponto de explodir de risos, prendeu aquele sentimento e confirmou, assinou a lista e agradeceu, e a moça respondeu lentamente ‘‘Por nada, Camilly’’.

    Saímos com um riso preso, parecia que a gente tinha feito uma coisa realmente muito engraçada e tal, por que falando assim é mó besteira né, mas na hora foi outra coisa.

    Jéssyca saiu meio arrependida, me olhou sério e decidiu voltar lá e falar a verdade pra moça. Voltamos, claro, um mico a mais, um mico a menos, não faz diferença. ‘‘Oi, é que eu não consigo mentir, e eu tinha que vir falar’’, isso ela falou meio que rindo e se esforçando pra ficar séria, mas antes dela concluir e falar o que ela realmente queria, a mulher já foi logo dizendo ‘‘É, eu sei, você não é a Camilly, é a Jéssyca Ferreira Gama né? Da sala 101, que mora perto da Camilly’’. Essa resposta deu a seriedade que a Jéssyca estava procurando e um riso forçado - quem diria - saiu dali confirmando o que a moça estava falando, e eu logicamente já estava rindo, eu podia, estava ali só de apoio mesmo. ‘‘Pois é, que ela saiu né, ai eu queria saber se eu podia pegar por ela, que eu moro perto dela, ai eu dou pra ela.’’ Pedir pra eu não rir disso, me desculpe, é pedir muito. A moça a deixou pegar a carteira e lá fomos nós, rindo para casa. Quer dizer, eu rindo e a Jéssyca ainda surpresa com a situação.

Créditos: Na foto, a simpática Camilly.