sábado, 18 de junho de 2011

• Quem é a Alzheimer?


    Eu e a Jéssyca andando no mercado e de repente eu vejo uma pessoa rapidamente, você vira a cabeça assim rápido e sabe que tinha alguém ali, né assim que acontece? Pois é, aí eu achei aquela pessoa familiar, voltei a olhar e vejam só, era um conhecido da gente que estudara no 'Evolutivo' lá pela quinta série - vejam só, depois eu que sou a Alzheimer - eu o reconheci e fui falar com o bendito menino.
  ‘‘OOOII, E AE ....BLA BLA BLA... Olha a Jéssyca, tu lembra dela né?’’ Quando terminei de falar isso eu vi a expressão de ‘‘nada’’ na cara da Jéssyca, enquanto isso o menino falava ‘‘É, eu lembro, quando eu vi vocês eu lembrei primeiro dela’’, foi aí que o sentimento de ‘‘nada’’ entrou no meu ser, mas tudo bem, quando vi a cara da Jejeba fui logo falando ‘‘Lembra não né? Pela cara’’. Desculpa se eu fui espontânea e falei isso, porque pra mim isso foi nada demais, mas uma pessoa acolá só faltou me matar depois.
   A Jéssyca permaneceu com sua cara de ‘‘nada’’ e respondeu mongolicamente lento: ‘‘não’’. Pra melhorar a situação eu falei ‘‘Tu não lembra? Lá do ‘Evolutivo’ mulher’’. É, pode-se dizer que dessa vez eu meio que peguei pesado, e a Jéssyca respondeu ‘‘Lembro não’’.
    Jéssyca com sua cara de nada, falando mongolicamente e parecendo uma estátua me fez sentir pena dela, foi minha deixa ‘‘Pois é, a gente já vai’’. A Jéssyca estava mesmo era juntando forças pra me esculhambar depois, mas tudo bem. E ela ficou relatando o fato para minha mãe mais alto que sei lá o que, isso bem próximo do menino, tipo uns dois metros de distância, mas tudo indica que ele não escutou – ou fingiu não ter escutado.
Ps: Fico com a segunda opção.

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